quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Para Letícia Romão.

Conheci a Letícia no ano de 1995, o ano em que ela nasceu. Fomos apresentadas ainda em berço. Nossos pais, amigos de algum tempo, devem ter sentido de Deus que uma grande amizade começaria a partir daquele momento. Ainda sem muita idade para estarmos na casa uma da outra os nossos encontros se davam em festinhas, cultos, aniversários e em outros lugares onde nossos pais se reuniam. Há pouco tempo recebi uma mensagem via whatsapp da tia Solange (mãe da Lelê) com um vídeo de uma dessas festinhas no qual estávamos eu e a Letícia, ainda bem pequenas, brincando com outros coleguinhas de ciranda. Nesse vídeo eu fazia uma birra gigante porque me jogavam dentro da roda e a Letícia só me olhava fazendo os dramas da vida que faço até hoje (risos).


            Minhas memórias com ela começam ainda criança. Recordo-me das inúmeras vezes em que fomos até a casa uma da outra para brincarmos. Eu tinha dois batons de brinquedo, um na cor vermelha e o outro verde, e eu e a Letícia sempre queríamos o mesmo (confesso que sempre brigávamos por isso). Recordo-me dos dias em que minha mãe fazia um bolo que passamos a chamar de “bolo de açuquinha” por conta da cobertura de água com açúcar que ela colocava em cima do bolo (nós amávamos tanto). Recordo-me do teatrinho que assistimos uma vez e que rendeu tanto por causa de uma foto, eu saí ao lado da bruxa e a Letícia da princesa (eu chorei, como sempre, porque não queria ter saído ao lado da bruxa. Enquanto isso a Letícia ria muito fazendo questão de me mostrar que a mão da bruxa estava encostada em mim, e então eu chorava ainda mais). Lembro-me dos picolés da 4 de maio que a tia Solange comprava no verão. Lembro-me de ter contado aos pais dela em um dia à noite, enquanto estávamos juntos após o lanche, sobre a sua primeira paixão do colégio. Lembro-me dos banhos de piscina, das noites dormindo juntas, dos olhos grudados pela manhã (risos eterno) do álbum de figurinha, das revistas (Smack, Capricho, Toda teen, Atrevida) da bolsinha de crochê rosa com florzinha, da bíblia e do cordão de amigas da Barbie que tivemos iguais. São tantas as recordações que se eu contasse todas o parágrafo não teria fim.

O dia do teatrinho. Reparem na mão da bruxa (chorei muito, risos)


            Houve em nossas vidas um dia que ficou marcado em minha memória. Em uma sexta-feira durante a noite o meu cachorrinho fugiu. Fomos eu, minha mãe e a Letícia procurá-lo pelas ruas do nosso bairro. Eu e a Letícia seguimos por uma rua escura e naquele momento passou uma moto (sabemos que há 10 anos a violência não era como hoje, mas ainda sim tínhamos medo). Nós duas corremos muito, porém, eu corri mais. De repente, a ouço gritar: “Amiga, por favor, me ajuda!” Na mesma hora ela estendeu a mão em minha direção. Eu parei e olhei para trás pensando “Seguro ou não seguro? Corro ou a carrego comigo?” tudo isso em fração de segundos enquanto o medo tomava conta de mim. Após segundos de pensamentos parei de correr, estendi a minha mão e segurei a dela. A partir deste momento começamos a correr juntas.

            Considero que não somente neste dia, mas em toda nossa amizade, sempre foi assim. Que sorte a minha correr a vida ao lado dela e ter a certeza de que nossas mãos nunca se soltarão. A Letícia é uma das amigas mais incríveis que alguém poderia ter. Você já a conhece? Não? Gostaria de apresentá-la. Ela é carinhosa e doce, mas não daquelas que se omitem para agradar, ela sabe a hora e o jeito certo de se impor. Ela é independente e sabe o valor que tem. Quando não gosta, não gosta mesmo, e raramente ela muda de opinião sobre isso (principalmente se for sobre pessoas). Ama os animais, especialmente os gatos (tem 3 filhos: Melissa, Serena e Thomas). Gosta da comida toda separada (se um dia for almoçar com ela, não ache estranho se ela separar, por exemplo, todos os grãos de arroz da carne a fim de não se tocarem). Ama filmes de comédia romântica e romance, livros também. A família é o seu bem mais preciso (depois de Deus, é claro). É um pouco introspectiva, preferindo ficar calada na maior parte do tempo mas, se ela te deu oportunidade de conversar, aproveite. Gosta de perfumes doces e de chocolate com biscoito oreo. É sensível e sente as coisas com muita intensidade, portanto, cuidado ao prometer ou dizer algo a ela. É um pouco sedentária e tem certa dificuldade com esportes e assuntos relacionados, tenha paciência se ela não conseguir pedalar uma bicicleta ou ser a melhor do seu time de bandeirinha (ela pode ser a primeira a ser queimada). Não consegue lidar bem com coisas pela metade, assuntos mal resolvidos e pessoas que não se dão por completo ao que decidiram fazer. Ao lado dela você terá que ser intenso. A Letícia é uma mistura de sentimentos que são infinitos e jamais caberiam em todas as páginas que existem. Mas espero que com esse breve resumo você saiba um pouco como lidar com ela (afinal, são 21 anos de convivência e amizade).



Hoje é um dia especial na vida dela, o dia em que tudo será considerado para ela “de aniversário”. Dia de aniversário, céu de aniversário, pipoca de aniversário, aula de aniversário, roupa de aniversário, comida de aniversário... Eu falei que ela é intensa, o dia é comemorado com muita intensidade e será contado por ela mesma com alegria cada segundo e com tristeza nos minutos finais. Hoje gostaria de homenageá-la com esse texto (que poderia ter sido muito maior dado a quantidade de histórias e sentimentos que construímos juntas, mas que preferi que ficasse um pouco resumido). Queria só que ela, e todos vocês, soubessem o porquê a considero minha melhor amiga e como a amo.
            Letícia, que esse novo ano de vida que se inicia seja infinitamente mais maravilhoso do que todos os que você já viveu. Que todas as bênçãos, felicidades, realizações e conquistas possam andar junto de ti. Que todos tenham o privilégio e a sorte que um dia eu tive em tê-la como minha amiga. Não preciso mais dizer o quanto amo você e o quanto te quero bem. Esta é uma forma de deixar registrado para sempre minha admiração, carinho e afeto por você. Seja feliz, ao meu lado, é claro (risos). Vá viver este dia com a mesma intensidade que você é.



Com amor,

                    Laís.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A paisagem pelo caminho.



Quantas coisas boas e belas existem por aí, mundo a fora. Vivemos com tanta pressa em chegar ao destino que idealizamos ser o perfeito para nós, que acabamos por esquecer do que quase todos também esquecem: que o caminho até lá pode ser mais belo do que a própria chegada em si. Enquanto percorre a trilha que o levará até o seu tão sonhado destino, permita-se tomar um tempo e admirar as flores que estão pelo caminho. Permita-se respirar fundo e sentir o aroma que elas exalam. Permita-se fechar os olhos e ouvir os sons que despertam tantas coisas tão maravilhosas em nós. Permita-se olhar ao redor e segurar um pouco mais forte a mão de quem escolheu trilhar com você. Não é em vão os que passam por nós e os que percorrem junto a nós.

Somos seres ligados uns aos outros e essa ligação é que nos mantém assim, de pé. Ao contrário do que muitos podem falar, precisamos sim um do outro se quisermos viver de forma plena e saudável. Não existe no mundo alguém que consiga estar completamente isolado e plenamente feliz. Precisamos estar próximos e compartilhar uma boa gargalhada, uma colherinha da sobremesa, um gole do suco, rachar o cinema - eu compro a pipoca e você paga o ingresso, quem nunca fez isso? - sentar juntos na hora do almoço na cantina da faculdade e discutir sobre aquela matéria tão difícil, ou então ter alguém para olhar quando o professor fala: "será em dupla" e receber aquela piscadinha de volta como que confirmando "vamos fazer juntos sim!". Precisamos de alguém para apoiar a cabeça no ombro quando o sono bater no meio do filme, alguém para fazer um cafuné quando as lágrimas estiverem rolando ou simplesmente alguém que diga "Calma, vai ficar tudo bem. Estou aqui."

Como disse, o lugar ao qual queremos chegar é tão idealizado que deixamos passar coisas, e pessoas, durante o caminho. Este texto é para que eu e você possamos despertar, enquanto ainda há tempo, e apertarmos mais os dedos entrelaçados e abrirmos mais sorrisos para quem escolheu prosseguir conosco. Para que possamos ainda nos inspirar com tanta vida que existe aqui. Para que possamos aprender a desfocar em alguns momentos e usar lentes mais amplas, fazendo a fotografia da vida ficar ainda mais bonita, pegando o todo, afinal, somos parte de um todo e é este todo que nos completa. Que nosso destino final continue sendo o nosso destino final, mas que a paisagem pelo caminho o faça ficar ainda mais especial.

Com amor.

Laís Nascimento.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Somos uma mistura daqueles que passam por nós.

(fotografia: pinterest)

Já parou para pensar em como somos rodeados a todos os instantes por tantas pessoas? Algumas delas nós nem mesmo imaginaríamos conhecer, outras, devido aos nossos pré-julgamentos, perdemos a oportunidade de descobrir quem são. Apesar disso, sou fã da vida que nos prega peças e nos leva por caminhos que não imaginaríamos percorrer. Creio muito que Deus faz nossas rotas, mesmo parecendo, por vezes, destoantes, da forma mais perfeita possível. Somos levados como folhas do outono pelo vento. Por hora estamos em um lugar, por outra, em outros.

Sou grata pelas pessoas que passaram em minha vida, independente da impressão que deixaram nos meus dias. Sendo boas ou ruins, me ensinaram algo. Muitas me ensinaram a ser mais paciente, outras a ser mais amiga. Algumas a ser mais firme, outras mais maleável. Umas me ensinaram a ser mais dura, enquanto outras, doce. Aprendi com elas a ser falante e ao mesmo tempo saber silenciar. Aprendi a ser mais empática. Aos poucos, elas ajudaram a moldar quem sou. Mesmo aquelas que me deixaram dor, agradeço-as, pois aprendi a me reconstruir. Acredito que não há um resultado final do que somos, mas enquanto vivos aqui, e agora, somos um complexo de todos os que passaram e passam por nós.

Portanto, perceba as pessoas que estão por perto. O que possuem de bom? O que possuem de ruim? Aprenda com elas. Por algum propósito (que as vezes só saberemos depois) elas estão aí, bem ao seu lado, convivendo com você em alguma parte do seu dia. Há propósito nas vidas que se cruzam, nos caminhos que se entrelaçam, nos apertos de mãos, nos abraços trocados, nas conversas corriqueiras e no café ao cair da tarde. Nos resta permitir apenas descobrir. Não esqueça de deixar um pouquinho de você mesmo em quem está ao seu redor. Afinal, que privilégio saber que alguém carregará uma lembrança sua pelo mundo.

Espero que com os meus textos eu sempre deixe um pouquinho de mim em vocês.

Laís Nascimento.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Voe...

Voe, bate essas asas que existem por uma função, não apenas para enfeitar a sua alma, mas para te tornar livre. Por que prender-se? Por que escolher aprisionar-se se podes ser livre? Tantas coisas belas te esperam quando decidir abrir esta porta que te prende. Tantos horizontes novos, sorrisos contagiantes, abraços doces e amizades ternas.

Voe! Vai! Movimente as "asas" da alma. Enxergue além do preto e do branco, existem uma infinidade de cores te esperando. A vida é a arte das possibilidades, entre o oito e o oitenta existem muitos números para escolher.
Voe. Vai experimentar do aroma das flores que ainda não sentiu, ouvir novos cantos, contemplar novos rumos, fronteiras, paisagens.

Vá mais longe, há sempre uma estrada nova a percorrer. Nunca permita a si mesmo se contentar com o que não te deixa leve, feliz, com o que te prende e te sufoca. Dizem que até mesmo um par de asas se torna um fardo quando não usado. O que está esperando para alçar mais um voo ou, quem sabe, o seu primeiro?

Desejo que os seus horizontes se renovem, que as paisagens da sua vida sejam repletas de cores. Mas, se por acaso estiver chovendo por aí, lembre-se: VOCÊ PODE VOAR e se abrigar um pouco. O lado bom dos dias chuvosos é que no dia seguinte podemos ser surpreendidos com o sol. Quando ele chegar, e uma hora vai chegar, basta apenas: VOAR.

Laís Nascimento.


terça-feira, 5 de julho de 2016

A simplicidade de um sofá.

Semana passada estava no trabalho envolta em meus pensamentos, aqueles que os adultos tem para dar e vender. A grande maioria são coisas que ainda nem aconteceram e, muito provavelmente, nem acontecerão. Mas, adulto é mesmo assim, sofre por antecedência e, se não tem nenhum problema, inventa algum. O sonho de toda criança é se tornar "gente grande", se elas soubessem como os adultos desejam voltar a ser como elas.

Enquanto estava perdida nos meus pensamentos, avistei uma criança entrar com a mãe e uma menina que possivelmente era a sua irmã. A mãe e a irmã estavam bem ocupadas, subiram as escadas do local onde trabalho procurando logo achar o que queriam encontrar ali, algo para alguma ocasião especial - acredito eu -. A criança não, como num passe de mágica ela terminou de subir as escadas e saiu correndo em direção ao sofá que havia por perto e, sem nenhuma preocupação ou pudor do que poderiam pensar, se esparramou por ali mesmo com uma carinha de felicidade como de alguém que encontrou um tesouro. Nessa hora ela sorriu sozinha e me olhou. Um olhar de tranquilidade, serenidade, como se dissesse: "Nossa, esse lugar era tudo o que eu queria". 

Naquela hora eu captei a mensagem nas entrelinhas daquele acontecimento que, de tão simples, poderia nem ser notado. Como é mais fácil ser mais feliz quando se vive realmente o presente, quando não se cria expectativas sobre a vida e apenas se permite surpreender com o que virá adiante. A menininha não esperava por um sofá ao qual ela poderia se jogar enquanto aguardava a mãe e a irmã, mas ele estava lá. Crianças costumam viver sem muitas preocupações porque não pensam tanto no futuro para criar exageradas expectativas, isso permite com que elas sejam e estejam mais facilmente felizes; elas até sonham com o futuro - como todos nós - mas, de uma forma geral, estão mais presentes no presente. Quando se espera demais de algo, ou se vive demais com a cabeça no futuro, esquecemos de viver o que está acontecendo no agora. Acabamos não nos dando conta de que talvez o que estamos recebendo seja melhor do que aquilo que esperávamos - ainda que não seja muito bem o que planejávamos -.

Muitas das inquietudes da vida adulta são provenientes de uma vida pautada no amanhã e esquecida no hoje. Esperamos demais e isso não nos permite desfrutar de coisas mais simples. Tomara que um dia a gente entenda que só temos o segundo que se passa agora e paremos de projetar nossa vida toda em coisas que ainda nem aconteceram. A serenidade e tranquilidade que pairava no olhar daquela criança só vem até nós ao descansarmos no presente e o vivermos da forma mais real possível. Portanto, eu desejo que sejamos sempre como crianças, transbordando simplicidade, paz, alegria... Encontrando felicidade nas coisas inesperadas da nossa existência, encontrando alegria em coisas como um simples, velho e confortável sofá.

Grande Beijo.

Laís Nascimento.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Faça da saudade um lugar para sonhar.

Um dia da semana comum, o relógio marca 11:30 da manhã. O dia segue tranquilo, calmo, em uma trajetória que se repete diariamente, sem nenhuma grande alteração. De repente, o coração dela dispara como o bater das asas de um beija-flor que procura por água em um daqueles recipientes que ainda existem em casas mais antigas. Por um momento ela experimenta mais uma onda de saudade percorrer por todo o seu corpo. As mãos suam, o coração acelera, a sensação de um nó no estômago é imediata; o sorriso surge leve no rosto e o pensamento corre para lugares distantes dali. Parada, naquele lugar, ela lembra do que a faz feliz. Naquele momento ela percebe que a vida é feita dos breves momentos que correm em um espaço de poucos segundos, percebe que deve valorizar o necessário e tudo aquilo que, podendo partir, escolhe ficar.


E você, já experimentou sentir saudade de algo ou alguém? Dizem que os momentos mais felizes passam muito rápido e depois só resta em nós as lembranças e a saudade. Concordo. A saudade é ingrata com o coração, pois nem sempre podemos estar perto de quem desejamos estar. É ingrata com os nossos dias, pois não podemos voltar em momentos bons que vivenciamos. É por isso que devemos aproveitar cada milésimo de segundo, fazer de forma mais intensa tudo, eu disse tudo, o que fizermos. Só gosto da saudade quando posso matá-la, mesmo que após um longo tempo. Quando posso correr para os braços e sentir um abraço caloroso, fechar os olhos e apenas viver o momento sem muitas preocupações (a vida tinha que ser levada mais assim, de um jeito leve, sereno, sútil). 

Falando da forma de viver a vida, que não deixemos que a saudade interrompa nossos dias e os paralise. Que façamos da saudade um combustível para prosseguirmos. Que ela seja um motivo a mais para que nós estejamos, de fato, presentes em cada lugar em que estivermos. Que ela seja um impulso para que nós nos preocupemos mais com quem amamos e preocupemo-nos mais em demonstrar o quão importantes são para nós, afinal, ninguém gosta de sentir saudades.

Mas, voltando a história da menina... Ela seguiu o dia, contando cada precioso minuto que parecia se arrastar como um dia frio de inverno (eis aí mais uma característica da saudade: ela faz o tempo parecer uma eternidade). Mas, o mais importante, ela seguiu com um sorriso no rosto e enchendo de cor aquele dia tão comum. Ela conseguiu, enfim, fazer da saudade um lugar para sonhar. Espero que, assim como ela, você consiga transformar, os seus dias saudosos, em dias de cor.

Laís Nascimento.

domingo, 12 de junho de 2016

Celebrando o amor

Hoje, 12 de junho de 2016, muitos comemoraram, e ainda comemoram, o tão famoso Dia dos Namorados. Eu preciso falar que não sou muito ligada em datas, acho mais importante demonstrar o carinho e o amor que sentimos pelo nosso companheiro/companheira (gosto muito dessa palavra pois me lembra um amor que também se faz amigo) no decorrer dos dias, presentear em momentos inesperados, dizer palavras amáveis durante um dia comum. Mas hoje não foi só o dia dos namorados, hoje uma das minhas melhores amigas de infância disse o tão sonhado "sim" de toda mulher.
Um dos meus casais favoritos (Fotografia: Mario Cordeiro Gomes)

Hoje celebrei o amor de um casal maduro, companheiro, cúmplice, dignos de respeito e olhares de admiração. Um casal que vive os sonhos de Deus e nos transmite serenidade. Posso afirmar porque acompanho a história desde o primeiro dia, desde que ouvi da minha amiga, ao vê-los de mãos dadas, as seguintes palavras "amiga, estamos namorando!". Vibrei por eles há tantos anos e vibrei com eles no dia de hoje.

Um amor maduro é assim: Respeita as diferenças, compreende os limites, conforta com palavras e, por que não, até mesmo na ausência delas. Um amor maduro entende que o outro não precisa se anular por você, você é um bônus que veio para o que já estava completo. Existe carinho, companheirismo, zelo e um grande desejo de querer bem. Não há espaço para mentiras, dúvidas ou medos (por mais que possam existir, eles não resistem ao que é verdadeiro).

Se você encontrou um amor assim, valorize-o. Se ainda não, aguarde. Não vale a pena dar o sentimento mais sincero que existe dentro de você para uma relação que não é uma via de mão dupla. Ah, tenha paciência... Um amor maduro se constrói com o tempo. 

Só tenho que desejar a um dos meus casais favoritos toda a felicidade que possa existir nessa vida e todas as bênçãos de Deus nesta nova etapa. A trilha agora não é mais percorrida sozinha, mas sim, acompanhada. Desejo não só a eles, mas a todos que encontraram seu par, que haja sempre um horizonte para avistar juntos, um abraço quentinho nos dias frios, uma mão que afaga os cabelos em tempos difíceis e um doce motivo para sempre continuar.


Laís Nascimento.


domingo, 5 de junho de 2016

A vida é uma arte inacabada.


Tantas coisas acontecendo nesta última semana que fazem-me sentir uma mistura de emoções.
Na sexta-feira estava no ônibus (um lugar que, particularmente, me desperta os mais variados pensamentos) era uma noite um pouco fria e eu, contrariando o que minha mãe me dizia na infância enquanto andava nesses transportes públicos, estava com a cabeça quase que para fora da janela. Eu podia sentir o vento encostar em meu rosto, um vento frio que o deixava gelado. Observei a vida lá fora passar e, neste momento, me perdi em meus pensamentos.

Comecei a refletir sobre a vida e uma frase me veio como uma luz que se acende no meio da escuridão. A frase dizia: A vida é uma arte inacabada. Nesse momento pensei nas diversas formas de artes que existem. Imaginei um músico compondo uma canção, ou um pintor fazendo os seus primeiros traços em uma tela nova, branca. Para que uma canção seja composta é necessário que o compositor tenha paciência, que encontre as melhores notas, o melhor ritmo, harmonia... Muita das vezes é necessário apagar e recomeçar tudo. As vezes é possível apenas apagar um trecho e continuar de onde estava bom. Por outras vezes, o trecho ao qual não estava da forma como gostaria, passa, de uma hora a outra, fazendo tanto sentido que pode, até mesmo, tornar-se a parte favorita da canção.

Escrevendo aqui, e agora, reafirmo que: a vida é uma arte inacabada. Enquanto sentia aquele vento frio tocar o meu rosto, pensava que, assim como um músico escrevendo sua canção, assim sou eu, assim somos nós. Somos como um pintor colorindo sua tela, um escultor dando forma a sua escultura, um poeta descobrindo e redescobrindo, nas palavras, seus intensos sentimentos e o seu viver.

Por vezes temos que, apenas, começar. Temos que escolher qual será a nota que iniciará a canção dos nossos dias que, em alguns momentos são silenciosos e, em outros, turbulentos e agitados. Temos que escolher com qual cor iremos dar o primeiro risco na tela da nossa história. Em alguns momentos os traços serão precisos e as notas harmônicas, já em outros, nem tanto. Em algumas ocasiões será necessário apagar e recomeçar. Se isto acontecer, não tenha medo, faz parte da nossa existência, da "arte" da vida  (nem todas as nossas telas serão as mais belas e nossas canções as mais afinadas). Mas, pensando bem, é uma grande sorte a nossa isso acontecer. Como saberíamos apreciar e compor uma canção harmônica, ou uma tela bem pintada, se não conhecêssemos as que não são?

Durante a sua existência e passagem por este mundo, lembre-se sempre de ter sensibilidade em suas escolhas, de entender que nem sempre teremos as melhores poesias, por isso, quando conseguir uma, valorize-a pois, são raras. Lembre-se sempre que a vida é uma arte inacabada e você é o artista. Portanto, conduza-a da forma mais bela e singela que conseguir.

Acordei dos meus pensamentos naquele lugar, que era tão simples, com uma surpresa da qual não esperava no momento e que me deixou muito feliz. Desta forma, segui minha viagem, no ônibus, e na vida.

Grande beijo.

Laís Nascimento.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Mais amor, por favor.



“Quem somos nós pra ditar o valor de alguém?
Somos pó, n
ão podemos julgar ninguém.

Ninguém sabe a dor que o outro passou
Ninguém sabe as lutas que o outro lutou
Ame mais
, julgue menos.”

Depois que criei o blog confesso que todos os temas, notícias, situações que ocorrem na minha vida, e na de pessoas próximas a mim, viram possíveis posts. Diversas situações fizeram-me refletir sobre os julgamentos que fazemos. Quanta incoerência na sociedade em que vivemos. Somos tão rápidos em apontar falhas e desvios de outros (principalmente se esses erros afetam diretamente a nós) somos tão velozes para julgar o cabelo, unha, roupa, cor da pele, status social, poder aquisitivo (se tem ou não e, quando se tem, o QUANTO se tem). Somos tão ágeis para julgar e, ao contrário, quanta ironia, lentos demais. Lentos demais para olhar os nossos próprios erros, lentos demais para oferecer, ao invés do julgamento, o amor.

Será que nunca entenderemos que uma sociedade harmônica só se constrói pautada no pilar chamado AMOR? Será que, ao invés de julgar e dizer o que o outro deveria ou não fazer, poderíamos simplesmente oferecer-lhe o nosso amor? Pessoal, é de graça! Será que pensam que o amor dói? Dói quando não é correspondido, quando é um falso sentimento que chamam de amor e que é encoberto por um tipo de humilhação e necessidade de autocontrole sobre o outro. O amor verdadeiro liberta. Isso mesmo, O AMOR LIBERTA. Não digo que a nossa sociedade será perfeita mas, se amarmos mais, o convívio se tornará mais leve, sutil, sereno.


Talvez ainda falte entender em essência o que é o amor. Se houver amor, haverá compaixão. Se houver compaixão, haverá respeito. Se houver respeito, haverá mais amor e, então, o ciclo recomeça. Existem algumas maneiras de aprender a amar.

            1 – Sempre tente se colocar  no lugar do outro.
            2 – Antes de julgar precipitadamente, ouça.
            3 – Não faça com ninguém o que não gostaria que fizessem com você.
            4 – Pense antes de falar algo que possa ofender.


Use suas mãos para semear e colher bons frutos. Use suas mãos para oferecer ajuda. Use suas mãos para afagar, confortar, consolar. Use desta forma, ao invés de usá-las para lançar pedras e agredir. Escolha amar e não julgar. Amar cabe a nós, julgar, não. 

Aqui vai uma boa música para ouvir sobre o tema. Espero que goste.

                                                 

Laís Nascimento.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

22 curiosidades sobre mim.

Olá, pessoal. Como estão? 

Eu acompanho alguns blogs e canais no youtube e, particularmente, amo saber um pouquinho da pessoa que sigo. Já que falo tanto aqui do meu ponto de vista sobre a vida, nada mais justo do que vocês conhecerem algumas coisas sobre mim, não é mesmo?

Então, vamos lá!




1 - O PRIMEIRO NOME QUE OS MEUS PAIS PENSARAM EM COLOCAR EM MIM FOI ANA MARIA.

Nada contra a quem se chama Ana ou Maria, ou Ana Maria (risos) mas eu amo tanto o meu nome Laís, acho que tem tudo a ver comigo. Mas, a origem desse nome seria porque a minha avó paterna se chamava Ana e, minha avó materna, Maria. Meus pais pensaram em homenagear as duas porém, para a minha sorte (já que eu amo o meu nome) eu tenho uma tia que se chama assim, então eles acabaram achando que daria muita confusão hahaha. No final, minha mãe, que é professora, na época que estava grávida tinha uma aluna da qual gostava muito que se chamava Laís (obrigada, aluninha da minha mãe! Rs).

2 - EU AMO AQUELES BOLINHOS ANA MARIA.

Já que estamos mencionando o nome. Sabe de qual estou falando? Vou colocar uma foto aqui para você ver, caso não lembre ou não conheça. Sou completamente apaixonada por esses bolinhos e o meu sabor preferido é o de baunilha.

Meu preferido!
3 - SOU VICIADA EM PIPOCA E PÃO DE QUEIJO.

Aproveitando o assunto comida, eu sou viciada em pipoca e pão de queijo. Se eu pudesse comeria todos os dias. Em qualquer dia e hora, não tem tempo ruim.

4 - EU QUERIA MORAR EM MINAS GERAIS

Se fosse para escolher um estado brasileiro para morar, escolheria morar em Minas. De alguns anos para cá eu venho desejando muito morar nesse estado. Talvez você se pergunte: Mas por que logo Minas? Por que você não vai para o Sul que faz frio, Laís? Minha paixão por Minas começa pelo pão de queijo (risos) e vai muito além disso. Gosto de lugares mais tranquilos, com pessoas mais simples (simplicidade no ser). Conheço algumas pessoas que moram lá e todos são tão calorosos, receptivos, amáveis. Gostaria de ir pra uma cidade menos movimentada para, futuramente, criar meus filhos, pelo menos na fase da infância. Quero ensiná-los a valorizar as coisas simples da vida, quero que tenham tempo para ler com calma, para brincar até cair de tanto se cansar.

5 - MEU MAIOR SONHO É SER MÃE.

Para quem me conhece bem de verdade sabe que eu não nasci para outra coisa. Quero ser mãe. Queria mesmo ter uns 4 filhos, gosto de família grande, casa cheia. Seria a maior realização da minha vida.

6 - PREFIRO LIVROS DO QUE SAPATOS


Não tenho essas compulsões que a maioria das mulheres tem por roupas ou sapatos (risos). Confesso que eu amo muito perfumes e batons mas, se eu tivesse que confessar uma compulsão, diria que é por comprar livros. Passar em frente um estande de livros, feiras, sebos ou livrarias e, pelo menos, não entrar e dar uma olhada, não seria a minha reação. A maioria das vezes sempre saio com um livro em mãos e, preciso confessar, já cheguei com livro escondido em casa para ninguém ver que comprei mais um. Escondi dentro da minha bolsa e, rapidamente, coloquei-o no meio dos outros para que ninguém percebesse hahahaha.


7 - EU LEMBRO O NOME DO PRIMEIRO LIVRO QUE EU LI.


Minha história com a leitura é tão antiga e tão profunda que eu lembro com precisão o nome do primeiro livro que eu li e como foi o dia. O livro se chama O macaco e a mola. Contava a história de um macaquinho que brincava com uma mola (risos). Eu estava sentada em um dia pela tarde junto com minha mãe. Ela fazia os trabalhos da escola e eu folheava o livro. De repente, comecei a juntar as letras e formar sílabas, e então eu comecei: "o - ma - ca - co - e - a - mo- la." Lembro-me com clareza desse dia! 






8 - QUANDO EU TINHA 12 ANOS EU LIA UM LIVRO POR DIA

Em uma das escolas que eu estudei, quando abriram a biblioteca e eu descobri que poderia pegar os livros e levar para casa, fiquei completamente fascinada. Eu lembro de entrar na hora do intervalo e ficar hooooras vendo os títulos na estante. Rapidinho fiz meu cadastro, pegava o livro, começava a ler no colégio mesmo, ficava lendo enquanto esperava minha mãe sair, chegava em casa e terminava. Uma certa vez a menina da biblioteca, quando eu fui entregar o livro para pegar outro, me disse "nossa, mas você lê muito rápido!".
Foram assim por alguns meses, pegava um livro, lia, entregava e buscava outro. Confesso que foi essa a época em que o meu amor por livros aumentou 100%.

9 - SOU ESTUDANTE DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS.

Sou aluna da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (uma universidade maravilhosa em ensino mas que precisa de mais atenção! O descaso está grande e as condições estão precárias). Confesso que caí lá um pouco de paraquedas. Esse curso era minha segunda opção, lembro que na época eu queria cursar fisioterapia. Hoje dou graças a Deus por não ter feito essa escolha, mas sim a biologia.

10 - SOU APAIXONADA POR ESTUDAR ASSUNTOS RELACIONADOS AO TEMA EDUCAÇÃO.

Eu confesso que quando entrei na universidade não queria ser professora, apesar de estar em um curso de licenciatura. Com o tempo, e decorrer do curso, me apaixonei pela causa e sei que estou mergulhando num mar turbulento. Digo que serei professora sabendo dos conflitos e limitações que os mesmos passam. Tomei minha decisão longe de qualquer tipo de ilusão. Amo estudar, ler e pesquisar assuntos relacionados ao tema educação.

11 - SOU BIÓLOGA MAS TENHO MUITO MEDO DE CAVALOS.

Os meus amigos de profissão que me perdoem, mas medo é medo e não se discute, não é? Rsrs. Não sei de onde surgiu isso, só sei que, de repente, passar em frente a um cavalo tornou-se uma tortura. Mas, estou tentando superar. Pesquisei aqui e vi que o nome dessa fobia é equinofobia.

12 - NA MINHA UNIVERSIDADE EU SOU MONITORA DE UMA DISCIPLINA QUE QUASE NINGUÉM GOSTA.

Graças a Deus que gosto é algo muito pessoal. Fazem 3 semestres (1 ano e meio) que sou monitora de uma das disciplinas da área da Botânica. Não são muitos os alunos que se identificam com esta disciplina, eu sou uma das poucas e, por isso, alguns dizem que sou a "botânica da turma" hahaha. A minha monitoria é relacionada a organografia vegetal (eu sou suspeita para falar mas, eu amo).

13 - EU AMO SILÊNCIO.

Apesar de amar conversar e ter bons amigos por perto, não dispenso um bom e acolhedor silêncio. Odeio muito ruído, coisas muito altas, gritos, músicas muito barulhentas, lugares com muita gente amontoada. Gosto do silêncio para poder pensar, colocar as coisas dentro de mim em ordem, refletir sobre a vida, ler... silêncio é tudo de bom!

14 - EU DURMO OUVINDO MÚSICA CLÁSSICA.


Eu amo dormir ouvindo música clássica, me acalma, relaxa, é muito bom. Só que, diferentemente do que alguns podem pensar, não durmo ouvindo o violino, mas sim o piano. Isso porque com o violino eu fico ligada prestando atenção no que está sendo feito, já no piano eu simplesmente escuto, aprecio, e me permito desligar. As que eu mais gosto são as do músico Erik Satie (procura lá no spotify ou no youtube. São ótimas!).


15 - EU AMO FLORES.

Talvez por gostar da botânica desde que comecei a estudá-la, me encantei ainda mais pelas flores. Confesso que é uma das partes que mais amo aprender e ensinar. Quer me agradar, me dê livros e FLORES. Mas não me dê em buquê não, me dê para eu cuidar, em um vasinho. As minhas preferidas são as azaleias, begônias, jasmins, tulipas, girassois e lírios.


Azaleia, uma das minhas preferidas.

16 - EU TENHO UMA MELHOR AMIGA DE INFÂNCIA.

Sim, dessas amizades que vemos em filmes. O nome dela é Letícia e nós nos conhecemos desde que ela nasceu, um ano depois de mim. Esse ano faz 21 anos de amizade. Nossos pais já eram amigos antes de nascermos e, por isso, crescemos juntas. A nossa amizade é daquelas que ninguém precisa falar nada, nós nos entendemos pelo olhar. Estamos juntas, uma na casa da outra, mas não temos a necessidade de ficar falando o tempo inteiro. Muitas vezes eu cansei de ir para lá e, enquanto a Letícia fazia a unha no quintal, por exemplo, eu ficava na sala vendo filmes. Nossas histórias dariam um livro com muitas emoções. Considero-me muito sortuda por tê-la comigo.


Minha melhor amiga.


17 - MEU CHOCOLATE PREFERIDO É O BRANCO.

Preciso dizer algo mais? Não existe chocolate melhor (apesar de os defensores do chocolate preto falarem que "não é chocolate de verdade". O que me importa? Eu adoro! Rs).

18 - MINHA ESTAÇÃO DO ANO PREFERIDA É A PRIMAVERA.

Ah, como eu amo! Nessa época ainda não está tão quente e nem tão frio. As flores estão dando um espetáculo. Foi a estação em que nasci. Enfim, é a minha favorita.

19 - TEM QUE TER CARTÃO.

Eu amo receber presentes mas, tem que ter cartão. Acredito que o que levou a pessoa a comprar é mais valioso do que o que foi comprado em si. Eu amo poder ler e guardar as palavras que a pessoa deixou registradas no cartão enquanto pensou em me dar o que me deu, bem como saber o que sentiu.



20 - EU QUERO SER POLIGLOTA.

Tenho muita vontade de falar alguns outros idiomas além do português. Nossa língua é o que nos permite diálogo, comunicação, começa guerras e permite buscar a paz portanto, tenho vontade de falar alguns idiomas. Além do inglês e espanhol, que já tratei de começar a aprender (antes tarde do que nunca) tenho vontade de falar, pelo menos, o francês, também. Deus que me dê forças! Haha.

21 - EU PRECISO TER AS COISAS DENTRO DE MIM ACERTADAS.


Não sei se isso é bom ou ruim, mas eu sou o tipo de pessoa que precisa ter tudo dentro de si mesma ajustado. É impossível eu estar em paz comigo mesma se, dentro de mim, houver muita confusão. Talvez por isso que eu curto tanto o silêncio, ele me ajuda a colocar as coisas em ordem.

22 - EU AMO POESIAS.

Ah, poucas coisas fazem com que eu me sinta tão feliz quanto ler poesias. Amo, especialmente, as do Fernando Pessoa. Mas, também gosto de muitos outros poetas. Há uma do Castro Alves chamada As duas flores que gosto muito, diz assim:


"São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,

Vivendo, no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.


Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.


Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!"


Eu espero muito que vocês tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre mim. Me contem aqui nos comentários o que vocês mais gostam, se por acaso você se identificou com alguma coisa, se já conhecia ou não alguma dessas curiosidades. Vou amar saber!

Beijos. Até a próxima.

Laís Nascimento.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O tempo cura?


Ando meditando na sabedoria do tempo. Ouve-se muito a frase de que o tempo cura tudo. Discordo. Não é o tempo em si que cura e coloca as devidas questões no lugar, mas reconheço que, de fato, o tempo é um agente que nos leva a reflexão e, aí sim, nos possibilita levantarmos ideias e soluções que nos conduzem à cura.

É durante o tempo que podemos refletir sobre o que fizemos de errado, assim como o que fizemos corretamente. No tempo conseguimos conformar e nos conformarmos com questões que achávamos ser impossíveis de digerir. O tempo permite com que diferenciemos os que apenas passarão por nossa caminhada, como uma estrela cadente (por sinal, acabo de me recordar que vi uma há pouco tempo. Senti agora bastante saudade desse dia) daqueles que, sem dúvidas, com a leveza e a calma que nos proporcionam, simplesmente, ficarão.

O tempo faz nossos sonhos amadurecerem ao passo de se tornarem reais, assim como traz clareza aos nossos objetivos; faz com que tenhamos a oportunidade de nos tornarmos no melhor que podemos ser. Sobre o tempo curar tudo? Já mencionei que discordo. Acredito que o tempo mais uma dose de reflexão é que nos conduzem ao lugar que gostaríamos de estar. Por isso, não ignore o seu tempo. Acredite, você saberá quando estiver precisando de um.

Desejo a você uma boa dose de tempo, suficiente para lhe colocar em seu devido lugar.


Laís Nascimento.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Conselho de amiga.

Calma, menina. Aquieta esse mar que está tão revolto dentro de você. Silencie o ruído que insiste em te inquietar. Deixa soltar de sua mão aquilo que você não precisa levar, afinal, a caminhada é tão longa, por que torná-la tão pesada com as tolices da vida? Já lembrou hoje de soltar os cabelos e penteá-los? Lembrou de encontrar-se consigo mesma e renovar o seu coração? Lembrou de olhar para dentro de si mesma e ver o quanto você tem valor? 

Ei, tem alguém dizendo algo diferente disso? Ninguém sabe o que você carrega consigo, dos sentimentos bons que tem, do amor que guarda para um dia entregar a alguém. Menina, aceite este meu conselho, não desista enquanto não achar, dentro de ti, a pérola que você tem (e é). 


Entenda, a vida segue. O caminho dela é no horizonte. Por que olhar para trás? Por que se culpar? Por que não se perdoar por alguns erros quando, na verdade, sua bagagem de acertos é tão maior? Lembre-se sempre que, nossos erros, são impulsos para os nossos maiores acertos. 


Vai lá, sacode a poeira da alma que está cansada desse deserto. Para um pouco para se recompor, encher o vasilhame com água. Pare para retomar as forças. Pare para recobrar os sonhos e relembrar quem você verdadeiramente é. Depois disso, respira, siga e prossiga. Você está pronta para chegar ao lar.





Laís Nascimento.